quarta-feira, 11 de julho de 2012

Feudalismo


  1. O que foi o feudalismo?
  2. Quais as características gerais do feudalismo?
  3. Qual o papel do rei na estrutura feudal? 
  4. Qual era a estrutura política do Feudalismo?
  5. Caracterize sua economia.
  6. Como estava dividida a sociedade.
  7. Qual a situação dos servos?
  8. Comente sobre quatro impostos pagos pelos servos.
  9. Qual a importância da Igreja na sociedade feudal?
  10. O que era a Homenagem?
  11. Caracterize a investidura.
  12. Como eram as guerras neste tempo?
  13. Como terminou o feudalismo?



segunda-feira, 9 de julho de 2012

Sergipe comemora 192 anos de Emancipação Política


08/07/2012 - 19:24
 
A cidade histórica de São Cristóvão parou neste domingo, dia 8, para receber todas as homenagens pela comemoração da Emancipação Política de Sergipe que este ano comemora 192 anos.

Para o ato solene, houve apresentações de grupos folclóricos e da população local que participou de toda a programação. Após passar em revista às tropas, o governador Marcelo Déda, o coordenador Nacional do PAC Cidades Históricas, a Secretária de Cultura, Eloísa Galdino e demais autoridades participaram de uma missa na Igreja Santa Cruz, em Ação de Graça pelos 192 anos de Emancipação Política de Sergipe.

Como destaque, houve a inauguração da restauração do Lar Imaculada Conceição. Monumento tombado em nível Federal, o Lar possui arquitetura religiosa da primeira metade do século XVII e sediou a Santa Casa de Misericórdia e o hospital de caridade Santa Izabel. Além da restauração do prédio da antiga Delegacia, onde funcionará o Museu da Polícia Militar de Sergipe.

O governador Marcelo Déda ressaltou a importância da celebração da autonomia política do Estado. “É uma data que deve ser celebrada, sempre buscada no fundo do coração dos sergipanos, porque ela nos lembra um marco no Brasil, que nós temos a nossa própria autonomia. Um dos elementos mais importantes para valorizar a nossa historia é preservar a nossa memória. E aqui nessa praça que é hoje Patrimônio da Humanidade, vamos entregar completamente restaurado o prédio da policia militar. Esse será o terceiro museu que o nosso governo constrói, pois acreditamos na memória como elemento indispensável na formação do nosso povo e na afirmação da grandeza de Sergipe”.

Presentes em toda a solenidade, os moradores de São Cristóvão demonstraram satisfação com a comemoração. “É super bom termos esses monumentso preservados e à disposição de todos. Os monumentos abertos serve não só para os sergipanos, como também para os turistas que visitam a nossa cidade e querem conhecer um pouco mais da nossa cultura. A minha cidade é linda e me orgulho de ser daqui”, afirma Ana Inês.

Para a secretária de Cultura, Eloisa Galdino, as restaurações são um marco para o Estado. “São obras importantes e que vão beneficiar não só os sergipanos, como os turistas que visitam o nosso estado”, conta.

Inaugurações

As inaugurações dos monumentos históricos em São Cristovão são frutos do Programa Monumenta do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), entidade vinculada ao Ministério da Cultura (MinC).

O coordenador Nacional do PAC Cidades Históricas, Robson Antônio de Almeida, destacou a importância das restaurações. “É uma importância de grande valia, nós somos parceiros dessas inaugurações e estamos fazendo em conjunto com o Governo do Estado de Sergipe. Isso coroa um trabalho de oito anos do Programa Monumenta e nós estamos aqui no dia da comemoração da emancipação política de Sergipe pra comemorar também a finalização do programa de sucesso que trouxe não só a restauração de monumentos como também a melhoria da qualidade e vida das pessoas que mora nas cidades históricas”, afirma o coordenador.



Por Aisla Vasconcelos




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EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DE SERGIPE - 192 ANOS

EMANCIPAÇÃO POLÍTICA DE SERGIPE - 192 ANOS
O feriado do “8 de julho” é encarado, por boa parte dos sergipanos que desconhecem o motivo para o qual foi instituído, como muitos outros: motivo para lazer e descanso das famílias.
SERGIPEAs origens do Estado de Sergipe datam de 1534, quando a divisão do Brasil em capitanias hereditárias integrou o território sergipano à Capitania da Baía de Todos os Santos (na ocasião, doada a Francisco Pereira Coutinho). Desta época, até conseguir sua autonomia, a região passou por invasões de piratas, expulsão de índios, domínio de holandeses, retomada do governo português, até chegar à província independente.
A ausência de portugueses nas terras sergipanas incentivou a invasão de piratas franceses que contrabandeavam pau-brasil. A necessidade de colonização era urgente. Além de bloquear a ação de intrusos, a conquista das terras facilitaria a comunicação com a importante região de Pernambuco. A primeira tentativa de colonização aconteceu em 1575, com os jesuítas, que encontraram forte resistência dos índios. A conquista definitiva aconteceu em 1590, após violentos combates pela posse da terra, resultando no domínio dos índios por parte das tropas portuguesas comandadas por Cristóvão de Barros.
Por ordem da Coroa portuguesa Cristóvão de Barros fundou o Arraial de São Cristóvão, sede da capitania, à qual deu o nome de Sergipe Del Rey. Com o crescente povoamento de Sergipe, inicia-se a criação de gado e o plantio de cana-de-açúcar. O gado serviu de base para a economia, mas foi superado pela cana-de-açúcar, cultivada principalmente no Vale do Cotinguiba. O cultivo da cana trouxe os primeiros escravos da África para trabalhar na lavoura.
A presença dos holandeses no Brasil, em 1637, deixou marcas em Sergipe. Ao contrário da invasão a Pernambuco, que resultou em conseqüências positivas, em Sergipe foi só destruição. Em São Cristóvão, ocupam e incendeiam a cidade, destruindo lavouras, roubando gado, desestruturando toda a vida social e econômica da área. Somente em 1645 as terras são retomadas pelos portugueses e é reiniciado o processo de povoamento e recuperação da economia.
Em 1696 foi criada a comarca de Sergipe (separada da Capitania da Bahia), conquistando sua autonomia jurídica. Entretanto, continuou dependente política e economicamente da Bahia.
Em seguida, surgem às vilas de Itabaiana, Lagarto, Santa Luzia, Vila Nova do São Francisco e Santo Amaro das Brotas. A autonomia durou pouco e, em 1763, Sergipe foi novamente anexado à Capitania da Bahia. Mas, a consciência da capacidade econômica de Sergipe, que era responsável por um terço da produção açucareira baiana, e as constantes intervenções na vida sergipana provocaram vários protestos contra a dependência. Foi então que, em 8 de julho de 1820, Sergipe volta a ser autônomo, elevado por Dom João VI à categoria de Província do Império do Brasil.
Quando chegou a notícia que Sergipe seria independente, o Estado se dividiu em dois. Havia aqueles que eram favoráveis e aqueles que eram contra. Não foi fácil esse processo, foi muito turbulento, pois muitos interesses foram contrariados: empresários da indústria açucareira em Sergipe, vinculados à Bahia, dependentes financeiramente do mercado em Salvador, apoiavam o movimento pela reanexação. Esse movimento contribuiu para a decisão da Bahia em mandar tropas para depor e prender o primeiro governador de Sergipe, eleito em fevereiro de 1821, Carlos César Bulamarque, antes mesmo que completasse um mês de seu governo.
Em dezembro de 1822, D. Pedro I reconhece a decisão de D. João VI pela autonomia de Sergipe e seu primeiro governo - Manuel Fernandes da Silveira - tomou posse regularmente em 1824.
A emancipação atualmente é comemorada pelos sergipanos em duas datas: 8 de julho, data da Carta Régia e 24 de outubro, data da chegada da notícia.
“Que o dia 08 de julho seja lembrado com orgulho pelos sergipanos, afinal é uma data consagrada pela história de luta, progresso e dignidade de nossa gente. E que nosso hino não seja esquecido! Alegrai-vos, sergipanos, eis que surge a mais bela aurora...”.   Wanderlei Menezes - historiador itabaianense.

HINO DE SERGIPE   Letra: Prof. Manoel Joaquim de Oliveira Campos - Música: Frei José de Santa Cecília
Alegrai-vos, sergipanos,
Eis que surge a mais bela aurora
Do áureo jucundo dia
Que a Sergipe honra e decora.
O dia brilhante
Que vimos raiar,
Com cânticos doces
Vamos festejar.

A bem de seus filhos todos,
Quis o Brasil se lembrar
De o seu imenso terreno
Em províncias separar.

O dia brilhante
Que vimos raiar,
Com cânticos doces
Vamos festejar.

Isto se fez, mas, contudo
Tão cômodo não ficou,
Como por más conseqüências
Depois se verificou.

O dia brilhante
Que vimos raiar,
Com cânticos doces
Vamos festejar.

Cansado da dependência
Com a província maior,
Sergipe ardente procura
Um bem mais consolador.

O dia brilhante
Que vimos raiar,
Com cânticos doces
Vamos festejar.

Alça a voz que o trono sobe,
Que ao Soberano excitou;
E curvo o trono a seus votos,
Independente ficou.

O dia brilhante
Que vimos raiar,
Com cânticos doces
Vamos festejar.

Eis, patrícios sergipanos,
Nossa dita singular,
Com doces e alegres cantos
Nós devemos festejar.

O dia brilhante
Que vimos raiar,
Com cânticos doces
Vamos festejar.

Mandemos porém ao longe
Essa espécie de rancor
Que ainda hoje alguém conserva
Aos da província maior.

O dia brilhante
Que vimos raiar,
Com cânticos doces
Vamos festejar.

A união mais constante
Nos deverá consagrar,
Sustentando a liberdade
De que queremos gozar.
 
O dia brilhante
Que vimos raiar,
Com cânticos doces
Vamos festejar.

Se vier danosa intriga
Nossos lares habitar,
Desfeitos aos nossos gostos
Tudo em flor há de murchar.

O dia brilhante
Que vimos raiar,
Com cânticos doces
Vamos festejar.

Destaques:
·   A Emancipação política de Sergipe resultou de uma luta madura, empreendida pela elite produtora local - criadores de gado e senhores de engenho – até então responsáveis pelo abastecimento das grandes Capitanias da Bahia e de Pernambuco.
·   Foi a partir de 1836, ou em torno desta data, que apareceu o civismo sergipano em torno da Emancipação. O poeta e professor Oliveira Campos fez a letra do Hino de Sergipe, musicado pelo frade José de Santa Cecília.
·   Em 1855 o presidente Inácio Joaquim Barbosa lidera a ruptura econômica da Província, abandonando São Cristóvão para construir uma nova capital, Aracaju, para melhor escoar a produção açucareira da região da Cotinguiba.
·   O dia 24 de outubro, considerado como a data definitiva da Emancipação, tem sido convertido no símbolo da liberdade, da independência, da autonomia econômica, da construção da sociedade sergipana.
·   De acordo com o jornalista e escritor Luiz Antônio Barreto, é importante lembrar o contexto histórico desta data e principalmente manter a história viva através da educação nas escolas, o que assegura a transmissão do conhecimento para as novas gerações, “A responsabilidade de manter o conhecimento histórico de Sergipe é de todos sem exceção, mas neste sentido a escola tem um papel fundamental e determinante para estimular o conhecimento pelos acontecimentos históricos e cívicos, garantindo assim que a cultura sergipana seja mantida e repassada de geração em geração”, afirma.
·   Emancipar é se libertar e Sergipe soube fazer isso, lutou e teve a seu favor o processo de independência do Brasil, quando Dom Pedro I ainda príncipe validou a Carta Régia de 8 de julho, elevando novamente São Cristóvão à categoria de cidade, sendo assim a capital da província”, completa.
·   O nome Sergipe origina-se do tupi si´ri ü pe, que significa “rio dos siris”. Mais tarde foi adotado Cirizipe ou Cerigipe, que significa "ferrão de siri”, nome de um dos cinco caciques que se opuseram ao domínio português.
·   Sergipe está localizado na região Nordeste. Tem como limites: Alagoas (NO), oceano Atlântico (O) e Bahia (S e O). Ocupa uma área de 22.050,4km2 e seu clima é tropical. Aracaju é a sua capital.
·   Suas cidades mais populosas são: Aracaju, Lagarto, Itabaiana e Estância. Seus principais rios são: São Francisco, Vaza-Barris, Sergipe, Japaratuba, Piauí e Real.

“Decreto – de 8 de Julho de 1820.
Isenta a Capitania de Sergip da sujeição ao Governo da Bahia, declarando-a independente totalmente.
Convido muito ao bom regimen deste Reino do Brasil, e a prosperidade a que me proponho elevá-lo, que a Capitania de Sergipe de El Rei tenha um Governo independente do da Capitania da Bahia.
Hei por bem isentala absolutamente da sugeição em que até agora tem estado do Governo da Bahia, declarando-a independente totalmente para que o Governador della a governe na forma praticada nas mais Capitanias independentes, communicando-se directamente com as Secretarias de Estado competentes, e podendo conceder sesmarias na forma das Minhas Reaes Ordens.
Thomas Antonio de Villanova Portugal, Ministro e Secretario de Estado dos Negócios do Reino, o tenha assim entendido, e faça executar com as participações convenientes às diversas estações.
Palácio do Rio de Janeiro e 8 de julho de 1820.
(Com a rubrica de S.M.)”

http://www.infonet.com.br/luisantoniobarreto/ler.asp?id=37685&titulo=Luis_Antonio_Barreto
http://www.fmitabaiana.com.br/noticias.php?id=3697http://www.sergipe.se.gov.br