"O amor é o meio procurado e desenvolvido pelo homem para vencer o isolamento e escapar da loucura"
1- O Amor
O amor pode ser experimentado/sentido pelos seres humanos, mas também
por outras espécies que possam desenvolver laços emocionais, como é o
caso dos golfinhos, dos cães e dos cavalos.
Na linguagem quotidiana, o amor tende a ser associado diretamente ao
amor romântico, que implica uma relação passional entre duas pessoas.
No entanto, o termo pode ser atribuído a outro tipo de relações, como o
amor familiar, o amor platônico e a outros sentidos mais vastos (o amor a
Deus ou o amor à natureza, por exemplo). Em todos os casos, o amor
representa um sentimento de grande afeto.
No campo da psicologia, Robert J. Sternberg evidenciou três
componentes do amor: a intimidade (sentimentos que promovem a
aproximação), a paixão (estado de intenso desejo de união) e o
compromisso (para manter o amor).
Convém destacar que diversos estudos científicos constataram
importantes correlações entre os níveis de hormonas (como a serotonina, a
dopamina e a oxitocina) e os estados amorosos (atracção sexual,
apaixonamento, etc.).
2- O amor ontem e hoje
O amor, hoje, é diferente de épocas passadas. Por exemplo, no período do
Romantismo (final do século XVIII e grande parte do século XIX) o amor
estava associado à paixão - um sentimento intenso, contemplativo e
subversivo.
Atualmente, o amor é mais dominado pela racionalidade. O sofrimento é
mais limitado nas suas consequências e não amar para toda a vida já não
constitui um drama para a maioria das pessoas.
A sociedade capitalista investe no amor erótico, por que nele encontra excelente meio de atingir seu objetivo: vender. O amor fraterno é negligenciado e até mesmo desprezado nesse tipo de sociedade.
3- Tipos de Amor
Temos basicamente 3 palavras gregas para se
traduzir como amor. São elas: Ágape (amor incondicional), Philos
(amizade) e Eros (físico, sexual).
ÁGAPE (amor incondicional):
Ágape ama até mesmo
quando a pessoa amada não é amável, não tem muito valor, não
corresponde. Esse amor não é egoísta, não busca a própria felicidade,
mas a do outro, a qualquer preço. Não dá 50% para receber 50%; dá 100% e
não espera nada em troca. Esse é amor de verdade.
O marido ou esposa que ama assim não
tenta mudar o cônjuge, não cobra dele o amor desejado. Simplesmente ama,
sem cobrar nada em troca.
PHILOS (amizade):
Neste nível, o amor é menos egoísta, mas
ainda contempla o prazer, a realização e os interesses pessoais. É um nível
de amor mais elevado do que eros. Aqui, “nossa” felicidade é
mais importante do que “minha” felicidade.
Philos é o meio caminho do amor verdadeiro – dá um pouco para receber um pouco, numa proporção de 50% a 50%. Philos é um amor que troca.
Resumindo… um “amor” um tanto
quanto egoísta. O amor do tipo Philos não é um amor que doa; sempre
espera algo em troca.
EROS (físico, sexual):
É o
amor totalmente humano, carnal, voltado para o sexo. Daí a nossa
palavra ERÓTICO.
Esse tipo de amor pode até incluir algum sentimento verdadeiro, mas é, basicamente, atração física, desejo sexual e expectativa de satisfação pessoal. O eros apresenta-se como amor pelo outro mas é amor por si próprio.
Esse tipo de amor só quer
receber. O pouco que ele dá, é com o intuito de receber algo em troca.
Síntese: envolve o desejo, a busca de fusão e desenvolvimento a dois; quer exclusividade e reciprocidade.
4- Como é que o ser humano ama?
A forma como uma pessoa ama o seu parceiro depende de muitos fatores:
personalidade, auto-conceito, cultura, educação, etc. O sucesso
da relação vai depender de como os dois amantes forem capazes de superar
as lacunas e as diferenças. O egoismo pode ser, porém, um fator
impeditivo de uma relação bem sucedida se ambos não abdicarem das suas
exigências e posturas. O amor bem sucedido depende também da humildade e
da franqueza. Conversar sobre as diferenças e as expectativas de cada
um em relação ao outro pode facilitar o sentimento.
5- Em que idade começamos a amar?
O sentimento de amor aparece muito cedo na vida. Ele é favorecido por um
ambiente familiar que seja sadio, equilibrado e afetuoso. A criança
aprende que o amor é um sentimento positivo e compensador. Uma
personalidade equilibrada e forte ajudará a relações sadias com o sexo
oposto. A forma como irá amar alguém no futuro dependerá muito das
aprendizagens sociais que fará nesta época da vida.
6- A Paixão
Está relacionada com a impossibilidade de ter alguém que queremos muito! "Nós nos apaixonamos pelo impossível. Projetamos na pessoa algo que
desejamos. Na paixão não conseguimos ver o outro da forma que ele é.
Isso não quer dizer que estar apaixonado não seja muito bom. Hormônios
circulam fortemente em nosso corpo, somos tomados por uma sensação que,
muitas vezes, se assemelha a alguma droga. E quando a pessoa se ausenta e
somos impossibilitados de estar com ela, sofremos. Sofre o ego, sofre
aquele que é carente, sofre quem não sabe viver só. Na paixão
sentimo-nos dependentes. Dependentes emocionais", diz o terapeuta,
especializado em relacionamentos, Sérgio Savian.
Quando as pessoas se unem somente pela paixão, é comum que o
relacionamento não dê certo, porque elas não se conhecem verdadeira e
integralmente. É preciso ter também os pés no chão, pois elas vivem num
mundo real, onde assuntos como dinheiro, casa, carro, comida etc. devem
ser tratados em estado de amor.
A existência atinge o clímax da
beleza quando se consegue estar apaixonado por quem se ama. A paixão é
cíclica. Há dias em que se está mais apaixonado, dias em que se está
menos apaixonado e dias em que a paixão se ausenta. Porém, continua-se
amando sempre.
7- Amor e Paixão
Só se pode falar em amor verdadeiro quando, em vez de eu e você, se diz
nós. E só se pode falar em amor permanente ao se descobrir que o amor
duradouro é aquele que se renova constantemente, apaixonadamente.
Muitas
pessoas se perguntam como é possível evoluir da paixão para o amor.
Simplesmente não é possível. São dois sentimentos distintos e paralelos,
que seguem vetores de energia diferentes. Por isso, às vezes encontramos
pessoas que dizem amar alguém e sentir paixão por outro. No entanto,
quando os parceiros se entregam profundamente um ao outro, com
admiração, respeito e confiança, ousando amar com criatividade, não
apenas se enamoram mas também se apaixonam todos os dias.
Não se pode
transformar paixão em amor, mas sim amar apaixonadamente a pessoa
amada. Quando isso ocorre é maravilhoso. É então que se descobre que o
amor pode dar certo — e realmente dá.
8- Amor e Traição
9- O negócio é ''ficar''.
Existem vários tipos de relacionamentos afetivos,
mas o “ficar” é o mais presente na vida dos jovens. Designa num
relacionamento episódico e ocasional, na maioria das vezes com duração
de algumas horas durante uma festa ou num momento de diversão.
A prática
mais comum envolve beijos, abraços e carinhos, tendo com característica
importante a não implicação de compromissos futuros e é visto como algo
passageiro, sem consequências ou envolvimentos.
Por ser algo que não
implica em compromissos sérios significa que o jovem não está
pronto para assumir responsabilidades e eles encaram o “ficar” com muita
naturalidade exatamente por esse motivo.
Porém, existe uma diferença entre meninos e
meninas quanto à preferência ou não de “ficar”. Geralmente os meninos
são mais adeptos a esse hábito enquanto que as meninas preferem namorar a
“ficar”. Talvez isso demonstre que as meninas amadurecem mais cedo que
os meninos.
Por mais conservador que possa parecer nos dias de
hoje, existe certa recriminação em relação àqueles que “ficam” com frequência, principalmente para as meninas, pois elas são vistas como
“galinhas”, “não-sérias” e “não confiáveis”, passíveis de rejeição tanto
por parte dos meninos como das meninas.
Esse tipo de relacionamento pode levar os jovens a uma vida vazia, sem
grandes experiências emocionais que serviriam de aprendizado afetivo. Além disso, há vários tipos de doenças que são transmitidas através da
boca, quando você “fica” com mais de uma pessoa a probabilidade de você
adquirir uma doença bucal e até sexual é muito grande. Por isso, boa
parte dos
especialistas
recomenda aos jovens que tenham mais relacionamentos sérios, mas se
“ficar”, permaneça com o mesmo parceiro sem variações constantes. Isso
diminuirá os riscos de contrair qualquer tipo de doença.
O “ficar” é como um estágio para futuros relacionamentos afetivos, mas é preciso ter cautela e saber se preservar.
Pesquisas:
http://www.portaleducacao.com.br/psicologia/artigos/4016/o-ficar-dos-adolescentes
http://itodas.uol.com.br/amor-e-sexo/voce-sabe-a-diferenca-entre-amor-e-paixao-faca-o-teste-6694.html
http://educarparaahumanidade.blogspot.com.br/2009/06/diferenca-entre-paixao-e-amor.html
http://www.idademaior.net/profiles/blogs/afinal-o-que-e-o-amor
http://pollyannadonato.wordpress.com/2010/09/27/3-tipos-de-amor/
http://conceito.de/amor
Exercício
O que é o amor?
Por que o amor hoje é diferente de épocas passadas?
Como é que o ser humano ama?
Em que idade começamos a amar?
O que é a paixão?
Dá certo uma união baseada somente na paixão?Justifique.
Você concorda que a paixão é cíclica? Argumente.
Como o egoísmo atrapalha o sucesso de um relacionamento?
Qual a diferença entre amor e paixão?
O texto deixa claro que não se pode
transformar paixão em amor. Você também concorda? Explique a sua opinião.
- O que significa "ficar" e o que você acha deste tipo de relacionamento?
Na música "O que é o amor", de Maria Rita, há a seguinte frase: "o danado do amor pode ser fatal". Discorra sobre esta afirmação.
Se perguntar o que é o amor pra mim
Não sei responder
Não sei explicar
Mas sei que o amor nasceu dentro de mim
Me fez renascer
Me fez despertar
Me disseram uma vez
Que o danado do amor
Pode ser fatal
Dor sem ter remédio pra curar
Me disseram também
Que o amor faz bem
E que vence o mal
E até hoje ninguém conseguiu definir
O que é o amor
Quando a gente ama, brilha mais que o sol
É muita luz
É emoção
O amor
Quando a gente ama, é um clarão do luar
Que vem abençoar
O nosso amor
http://letras.mus.br/maria-rita/1083253/