quinta-feira, 5 de julho de 2012

As 8 maiores religiões do mundo

por Carolina Vilaverde 23 de janeiro de 2012

8. Espiritismo (aprox. 13 milhões de adeptos)Espiritismo não é exatamente uma religião, mas também entra na lista. A sobrevivência do espírito após a morte e a reencarnação são as bases dessa doutrina, que surgiu na França e se expandiu pelo mundo a partir da publicação de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec (1857). É no Brasil que se encontra a maior comunidade espírita do mundo: 1,3% da população do país é espírita.

7. Judaísmo (aprox. 15 milhões de adeptos)Atualmente, a maior parte dos judeus do mundo vive em Israel e nos Estados Unidos, para onde migraram fugindo da perseguição nazista. Mesmo assim, os judeus representam somente 1,7% da população norte-americana. Enquanto isso, na Argentina, nossos hermanos judeus são 2% da população.

6. Sikhismo (aprox. 20 milhões de adeptos)

Embora pouco difundido, o Sikhismo é a sexta maior religião do mundo. A doutrina monoteísta foi fundada no século 16 por Guru Nanak e se baseia em seus ensinamentos. O sikhismo nasceu na província de Punjab, na Índia, e grande parte de seus seguidores ainda vivem na região. Eles representam 1,9% da população da Índia e 0,3% de Fiji.

5. Budismo (aprox. 376 milhões de adeptos)A doutrina baseada nos ensinamentos de Siddharta Gautama, o Buda (600 a.C.), busca a realização plena da natureza humana. A existência é um ciclo contínuo de morte e renascimento, no qual vidas presentes e passadas estão interligadas. Como era de se esperar, essa religião oriental é a principal doutrina em vários países do sudeste asiático, como Camboja, Laos, Birmânia e Tailândia. No Japão, é a segunda maior religião do país: 71,4% da população é praticante (muitos japoneses praticam mais de uma religião e, portanto, são contados mais de uma vez).

4. Religião tradicional chinesa (aprox. 400 milhões de adeptos)
“Religião tradicional chinesa” é um termo usado para descrever uma complexa interação entre as diferentes religiões e tradições filosóficas praticadas na China. Os adeptos da religião tradicional chinesa misturam credos e práticas de diferentes doutrinas, como o Confucionismo, o Taoísmo, o Budismo e outras religiões menores. Com mais de 400 milhões de praticantes, eles representam cerca de 6% da população mundial.

3. Hinduísmo (aprox. 900 milhões de adeptos)
Baseado nos textos Vedas, o hinduísmo abrange seitas e variações monoteístas e politeístas, sem um corpo único de doutrinas ou escrituras. Os hindus representam mais de 80% da população na Índia e no Nepal. Mesmo com tamanha variedade, são apenas a terceira maior religião do mundo. Porém, ostentam um título mais original: o maior monumento religioso do planeta. Trata-se do templo Angkor Wat – depois convertido em mosteiro budista –, que tem cerca de 40 quilômetros quadrados e foi construído no Camboja no século XII.

2. Islamismo (aprox. 1,6 bilhões de adeptos)
A medalha de prata na lista das religiões é dos muçulmanos. Segundo projeções, daqui vinte anos, eles serão mais de um quarto da população mundial. Se esse cenário se concretizar, o número de muçulmanos nos Estados Unidos vai mais do que dobrar e um quarto da população israelense será praticante do islamismo. Além disso, França e Bélgica se tornarão mais de 10% islâmicas.

1. Cristianismo (aprox. 2,2 bilhões de adeptos)
Mesmo com o crescimento de outras religiões, o cristianismo continua sendo a doutrina com mais adeptos no mundo todo. Porém, seus seguidores têm mudado de perfil. Há um século, dois terços dos cristãos viviam na Europa. Hoje, os europeus representam apenas um quarto dos cristãos. Mas, o interessante mesmo é apontar onde o cristianismo mais cresceu no último século: na África Subsaariana. De 1910 para cá, a população cristã da região saltou de 9 para 516 milhões de adeptos.

Imagens: Getty Images
Fonte: Pew Research Forum on Religion & Public Life e The Association of Religion Data Archives.

http://super.abril.com.br/blogs/superlistas/as-8-maiores-religioes-do-mundo/comment-page-1/#comment-551271

ATEÍSMO PARA PRINCIPIANTES

Como boa parte do pensamento ocidental, o ateísmo tem suas raízes na Grécia antiga. Mais exatamente nos filósofos materialistas, que só acreditavam na existência daquilo que pudesse ser percebido pelos sentidos (visão, olfato, tato etc.). O primeiro ateu célebre da história foi o filósofo Epicuro, que afirmou não acreditar na existência de Deus nem na vida após a morte. Séculos depois, suas idéias foram difundidas em Roma pelo poeta Lucrécio. A discussão morreu depois da queda do Império Romano, já que na Idade Média questionar a existência de Deus era suficiente para levar uma pessoa para a fogueira. O assunto voltou a público lá pelo século 16, quando surgiu o conceito de deísmo – a crença em um Deus, mas não em uma religião. Foi a deixa para que as pessoas começassem a questionar as religiões. Textos da Antiguidade Clássica foram resgatados e alguns filósofos, como Thomas Hobbes, foram preparando o terreno para o crescimento do ateísmo como o conhecemos hoje.
Esse novo pensamento possibilitou o surgimento dos Estados laicos (em que governo e religião são separados), como o francês. No final do século 19, havia uma crença disseminada de que um dia a ciência explicaria tudo no mundo e ninguém mais precisaria de religião. O filósofo alemão Nietzsche disse “Deus está morto”. Hoje já sabemos que matar Deus não é tão fácil e que as verdades científicas não fazem necessariamente as pessoas deixar de lado suas idéias religiosas. Apesar disso, o que não falta é gente tentando juntar ciência e religião “na marra”, como os defensores do design inteligente, que nada mais é do que o velho criacionismo vestido de ciência.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Conheça as maiores religiões do mundo

Conheça as maiores religiões do mundo: espiritismo e islamismo são as que mais crescem

Por Dan Martins em 25 de janeiro de 2012 
 
A revista Superinteressante publicou em seu site um breve panorama sobre as oito religiões com maior número de seguidores no mundo, trazendo detalhes curiosos e interessantes sobre cada uma delas. Na lista o cristianismo figura em primeiro lugar, seguido pelo islamismo.
O oitavo lugar da lista publicada pela revista está ocupada pelo espiritismo. A doutrina não é exatamente uma religião mas entrou na lista por ter cerca de 13 milhões de adeptos, sendo que o Brasil detém a maior comunidade espirita do mundo com 1,3% da população do país.

http://noticias.gospelmais.com.br/religioes-mundo-espiritismo-islamismo-mais-crescem-29696.html

As 10 maiores religiões do mundo

agosto 8th, 2007 | Categoria: Miscelânea | Por: Thales Azamor
 
Essa lista reune as 10 religiões com mais adeptos do mundo.
1º. Cristianismo – 2.106.962.000 de adeptos
2º. Islamismo – 1.283.424.000
3º. Hinduísmo – 851.291.000
4º. Religiões chinesas – 402.065.000
5º. Budismo – 375.440.000
6º. Skihismo – 24.989.000
7º. Judaísmo – 14.990.000
8º. Espiritismo – 12.882.000
9º. Fé Bahá’í – 7.496.000
10º. Confucionismo – 6.447.000


Fonte: wikipedia

http://lista10.org/miscelanea/as-10-maiores-religioes-do-mundo/

As Cinco Maiores Religiões

Religião é um conjunto de crenças e filosofias que são seguidas, formando diferentes pensamentos. Cada religião tem suas diferenças quanto a alguns aspectos, porém a grande maioria se assemelha em acreditar em algo ou alguém do plano superior e na vida após a morte. Entre a grande quantidade de religiões existentes hoje no mundo, existem aquelas que se sobressaem e conseguem conquistar um grande número de fiéis. São:
Cristianismo: É a maior religião do mundo, com cerca de 2.106.962.000 de seguidores. É monoteísta e se baseia na vida e nos ensinamentos de Jesus de Nazaré.
Islamismo: Possui aproximadamente 1.283.424.000 fiéis, é a segunda religião mais praticada no mundo. Além disso, é também um sistema que monitora a política, a economia e a vida social.
Hinduísmo: Com cerca de 851.291.000 fiéis, é a terceira maior religião e a mais velha do mundo. A religião se baseia em textos como os Vedas, os Puranas, o Mahabharata e o Ramayama.
Religiões Chinesas: Possui aproximadamente 402.065.000 de seguidores que se baseiam em diversas crenças.
Budismo: Com aproximadamente 375.440.000 fiéis, ocupa o quinto lugar. É uma religião e uma filosofia que se espelham na vida de Buda. Este não deixou nada escrito, porém seus discípulos escreveram acerca de suas realizações e ensinamentos para que seus posteriores fiéis pudessem conhecê-lo.
 
Por Gabriela Cabral
Equipe Brasil Escola

http://www.brasilescola.com/religiao/as-cinco-maiores-religioes.htm

terça-feira, 3 de julho de 2012

Resumo das Religiões

Resumo das Religiões

http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2012/02/noticias/especiais/1124461-entenda-o-mundo-da-fe-e-as-diferencas-entre-as-principais-religioes.html

Islamismo



Um pouco de História

    Islam, em árabe significa submissão à vontade de Deus e os muçulmanos são os adeptos desta fé. É uma religião iniciada na Arábia por Maomé. Maomé nasceu em Meca (Arábia Saudita) entre os anos 570 e 580 d.C. filho de pais pobres, ficou órfão muito cedo tendo de trabalhar como pastor. Entretanto entrou ao serviço de uma viúva rica, como condutor de camelos. Impressionada pela sua inteligência e beleza, casa com ele apesar de muito mais novo.
    A sua vida de comerciante rico alterou-se profundamente ao ser alvo de visões numa caverna perto de Meca, numa noite de 611. O próprio Anjo Gabriel, aparecendo-lhe numa nuvem de luz, anuncia-lhe que ele é o profeta de Allah (nome árabe de Deus).
    Iniciou então as suas pregações, as quais foram alvo de tremendas contestações por parte dos habitantes da sua terra natal. Prega contra o politeísmo e a idolatria. Perseguido, Maomé fugiu para Latrebe, actual Medina e cidade rival de Meca. A esta fuga deu-se o nome de Hégira. Estávamos então no ano 622 d.C. Esta data constitui o início da contagem cronológica islâmica.
    Lá, depressa se tomou importante a nível político, social, e militar. E em 630, conquistou pela força Meca, tendo-a reconhecido como lugar de peregrinação.

O Livro Sagrado

 

   O Alcorão (leitura ou recitação) é o livro que contém as revelações do arcanjo Gabriel feitas ao profeta Maomé. Ensina preceitos religiosos, dogmas e moral. Consta de 114 capítulos (suras). Contém não só louvores e alusões às características de Allah como também descrições do paraíso e juízo final, lendas judaicas e cristãs e normas sociais.


 A fé

    O Islão é ao mesmo tempo uma fé religiosa e uma comunidade social e política. A doutrina enfatiza um monoteísmo rígido. Deus é único e é o Deus do patriarca Abraão ­Allah. Deus é uno e não trino, é transcendente e omnipotente. O muçulmano crê nos anjos bons e nos maus. Para ele, Allah revelou-se através de muitos profetas – Abraão, Moisés, Jesus – mas o maior profeta é Maomé.

O culto

Os muçulmanos têm cinco obrigações fundamentais:
    - profissão de fé na unidade de Deus, Allah, e a missão do Profeta Maomé, emitindo repetidamente que “Não há outra divindade senão Allah e Maomé éo seu Profeta” («Lã ilãh illã'llah Mohammad rasoul Allãh»).
    - oração feita 5 vezes por dia, ajoelhando num tapete, voltado para Meca. A oração é um acto de adoração a Allah. As roupas e o corpo devem estar limpos de todas as impurezas. Além disso, no homem, a parte do corpo entre o umbigo e os joelhos deve estar tapada e, na mulher, só as mãos e a cara poderão estar destapadas.
    - esmola islâmica (zakat) – é a quantia, em géneros ou em dinheiro, que o Muçulmano que possui meios deve distribuir entre os necessitados. O zakat é obrigatório para quem tem em seu poder, durante um ano, ouro com o peso mínimo de 88 gramas ou prata como peso mínimo de 612 gramas.
    - jejum do Ramadão – é o acto de se abster de comer, beber, fumar, etc. durante um mês, desde o nascer até ao pôr do sol. Estão dispensadas as crianças, os dementes, os inválidos, os idosos e os fracos. O viajante, o doente ou a mulher que amamenta, podem adiar este jejum. É feito no mês de Ramadão, mês em que Allah revelou o Alcorão.
    - peregrinação a Meca – Deve fazer-se uma vez na vida, se as circunstâncias o permitirem, isto é, se estiverem em condições físicas e materiais para empreenderem a viagem. Lá, devem dar sete voltas à Caaba.

Festas

       Aid es-Seghír
            Esta festa dura três dias e realiza-se no mês de Chawwál. Celebra o fim do jejum e dá ocasião às pessoas de se encontrarem, trocar prendas e desejarem votos de felicidade.
       Achura
            Significa "o décimo" – é no dia 10 do mês de Muharram. Foi nesse dia que Deus teria criado Adão e Eva, tal como o Paraíso e o Inferno. É um dia de jejum, mas à tarde, os crentes, fiéis às tradições, comem uma espécie de gelado composto de toda a espécie de frutos secos. São precisas 40 espécies de ingredientes e coze, em fogo brando, horas e horas.
       Aíd eI-Adha
            A seguir ao Ramadão, a festa mais importante é a do Sacrifício. É semelhante àquela. Responde a uma das prescrições do Corão. Este manda sacrificar animais, segundo os ritos sagrados, para agradecer ao Senhor que multiplicou os animais úteis ao ser humano. Algum tempo antes da festa, chegam rebanhos às cidades e os vendedores conduzem-nos de rua em rua até venderem tudo. Depois de comprado o carneiro, é lavado, escovado, ornamentado com fitas. Depois é morto. A sua carne é distribuída pelos pobres. O proprietário apenas guarda os miúdos. Esta festa celebra o holocausto oferecido a Deus por Abraão.
       Mouloud
            Os muçulmanos celebram no dia 12 do mês de Rabiul-awwal o nascimento de Maomé. Nesse dia, os crentes vão às mesquitas e ouvem a vida do profeta. Os ricos distribuem esmolas e oferecem um animal em sacrifício. É também costume nesse dia ir aos túmulos dos parentes mais próximos. Na Turquia, por causa das lâmpadas que ornam as mesquitas à noite, chama-se "noite das lâmpadas".

            Os árabes utilizam o calendário lunar. O ano tem doze meses que começam com o aparecimento duma lua nova. São meses de vinte e nove ou trinta dias conforme a lunação, de modo que o ano tem 354 dias e nove horas.
            Em relação ao nosso calendário, o calendário muçulmano encontra-se desfasado cerca de onze dias. Por este motivo, as festas podem ocorrer na Primavera, Verão, Outono ou Inverno à medida que os anos vão passando.
            Além disso, é preciso sabermos que eles contam os anos e séculos a partir da Hégira, emigração de Maomé para Medina, pelo que no ano de 1990, da era cristã, os muçulmanos estavam no ano 1410.

http://religioes.home.sapo.pt/islamismo.htm

Judaísmo

Judaísmo



    O Judaísmo é uma religião que tem como protagonista não um indivíduo mas um povo, o povo hebraico, o povo eleito, escolhido por Deus para iluminar todas as gentes. É uma religião formada por alguns milhões de pessoas (cerca de 18 milhões) que continuam na diáspora (ou exílio = espalhados pelo mundo sem pátria) à espera da vinda do Salvador, que estabelecerá no mundo o Reino de Deus. A maior parte está nos Estados Unidos, cerca de 8 milhões e em Israel, Estado constituído em 1948.
    Jesus e os seus familiares pertenciam ao povo judeu. Também os seus Apóstolos. Sendo tão grande o património espiritual comum aos Cristãos e aos Judeus, deve existir um maior conhecimento entre ambos e uma  estima mútua.

História

    A história do Judaísmo começa com o chamado de Abraão, que por volta de 1850 a.C. deixou a Síria para se estabelecer na terra de Canaã, actual Israel. Com a morte de Abraão, Jacob e os seus 12 filhos emigraram para o Egipto à procura de melhores condições de vida e de pastagens para os animais. Com o passar do tempo, foram tratados como escravos e obrigados a construir cidades e silos para armazenagem do cereal.
    A escravidão durou até 1300 ou 1200 a.C. quando, guiado por Moisés, o povo judeu conseguiu libertar-se e, passando através do Mar Vermelho, regressaram novamente a Canaã.
    A história do povo Judeu é também uma história de diásporas, isto é, de exílios.
    Entre 500 a.C. e 100 d.C., sucederam-se, em Israel, as dominações estrangeiras: primeiro os babilónicos, depois os persas, depois Alexandre Magno, os remos gregos, e por fim os Romanos. Nos séculos seguintes, a diáspora continuou cada vez mais intensa. Os livros da história recordam a expulsão dos Judeus de Espanha, em 1494 e o extermínio pelos nazis durante a Segunda Guerra Mundial.

Os símbolos do Judaísmo

    - O Muro das Lamentações – em Jerusalém, é o que resta do templo de Herodes, destruído pelos romanos no ano 70 d.C. Aqui os hebreus vêm rezar. É o único lugar sagrado de todo o Judaísmo.
    - O Candelabro dos sete braços – A "Menorah" é o símbolo do Judaísmo. O 7 é para os Judeus o número da plenitude, da perfeição.
    - A Sinagoga – É o lugar de oração, de estudo e de reunião.
    - O Rabino – Os hebreus não têm sacerdotes. O Rabino é só um mestre, um guia espiritual para os fiéis na interpretação da Bíblia.
    - O Sábado – É o dia semanal festivo dos judeus. Começa ao pôr-do-sol de Sexta-feira e vai até ao pôr-do-sol de Sábado. É um dia dedicado à oração e ao descanso.

Etapas importantes da vida de um Judeu

    - A Circuncisão – Aos oito dias depois do nascimento, todo o rapaz hebreu é circuncisado e nesta altura é-lhe dado o nome. A circuncisão simboliza a Aliança entre Yavhé e Abraão.
    - Aos treze anos, o rapaz hebreu torna-se membro da comunidade e, por isso, está sujeito aos direitos e aos deveres que a Bíblia lhe indica.

Vida Religiosa


   - O estudo da Torá é o principal dos deveres de um judeu. No livro da Lei estão contidas as 613 obrigações que todo o hebreu piedoso deve observar.
    - Quando reza, o hebreu tem a cabeça coberta com o «Talith», um xaile com franjas brancas e pretas, e tem presos à testa e no braço direito as «filactérias», pequenas bolsas que contem orações da Torá escritos em pergaminho.


Livro Sagrado

    - O livro sagrado é a Bíblia. Corresponde ao Antigo Testamento dos cristãos, com poucas diferenças. A Torá contém  os cinco primeiros livros atribuídos a Moisés (Livro da Lei).

Credo

    - «Escuta, Israel, o Eterno é Um só»
    Esta oração resume a fé hebraica: acredita na existência de um só Deus. O Judaísmo é uma religião fortemente monoteísta.
    - A visão que o Judaísmo tem da vida é optimista, porque o Deus criou o homem livre e responsável. O cumprimento sem reservas das suas obrigações duras e rigorosas da Torá exprime a submissão humana a Deus e simboliza o respeito pela Aliança.
    - Os hebreus esperam a vinda do Messias. Virá um tempo – «os dias do Messias» – em que reinarão a paz, a justiça e a fraternidade. Terminarão todas as formas de idolatria e o Eterno será Um e o Seu Nome será Um».

As Festas (as festas principais)

    - O dia do perdão – «Yom Kippur» – festa de jejum e de expiação. Cada judeu deve estender ao seu inimigo a mão da reconciliação, esquecendo as ofensas e pedindo desculpas.
    - A festa da Páscoa – «Pessah» – recorda a saída do povo hebraico do Egipto, guiado por Moisés. Prolonga-se por oito dias.
    - A festa do Pentecostes – «Shavuot» – recorda a Dom da Torá (Dez Mandamentos), dada por Deus a Moisés, no monte Sinai.


 http://religioes.home.sapo.pt/judaismo.htm

Hinduísmo


Hinduísmo




Um pouco da história

    Não se pode indicar a data do nascimento do Hinduísmo.
    No terceiro milénio a.C. havia, junto dos rios Indo e Ganges, uma civilização já bastante avançada. Entre 2000 e 1500 a.C. o povo ariano destrói essa civilização e estabelece ali a religião védica. Veneram muitos deuses. Entretanto aparecem os Upanishadas que forneceram uma nova direcção para a tradição védica. O seu estudo deu lugar ao bramanismo (religião dos sacerdotes, Brâhmanes) e depois, no início da nossa era o hinduísmo.


Livros sagrados

    - Vedas (Palavra sânscrita que significa "conhecimento divino").
    Os Vedas são hinos escritos em sânscrito arcaico do séc. XII ao V a.C. e foram cinco colecções ou Samhita, que teriam sido reveladas por Brama aos rishi, ou sábios: é o "shruti", ou revelações. Divide-se em
    Rig-Veda – ou veda das estrofes, composto por mil e vinte e oito hinos dirigidos à divindade;
    Yajur-Veda – ou Veda das fórmulas sacrificais, composto por cinco colecções de formulação poética;
    Sarna-Veda – ou Veda das melodias compreende muitas estrofes acompanhadas quase sempre por notações musicais arcaicas para uso dos cantores.
    Atharva-Veda – ou dos contos mágicos, composto por trechos cosmogónicos e místicos.

Os Vedas foram comentados, explicados e completado por outras obras.      
    Brâma – Série de livros que servem de comentários explicativos aos Vedas e de guia aos sacerdotes nos sacrifícios. Os mais antigos parecem situar-se no séc. VII a.C.
    Upanixade – Comenta as Vedas. São textos de doutrina oculta, compostos entre o VII a.C. e a época medieval que contêm, de forma não sistematizada, os temas fundamentais filosofia indiana.
    Mahabharata – Longo poema escrito ao longo de alguns séculos; é constituído por fébulas e dissertações morais sendo a mais célebre a Baghavadgita, ou canto de Bem-aventurado. Fundamento particular de devoção a Krisna, ensina a conduta correcta.
    Ramayana – E o mais antigo poema épico-religioso. Compõe-se de 50000 versos e conta as aventuras do herói Rama, encarnação de Vixnu.

A fé

    O hinduísmo professa três deuses principais: Brama, que vem da raiz brah e que significa crescimento. Brama é a personificação masculina do Absoluto, pai e origem de todas as coisas, criador do Universo. É representado com quatro caras e quatro braços para indicar a sua omnipotência. Está presente em todas as coisas podendo manifestar-se sob qualquer espécie humana, animal (vacas sagradas, elefante) ou mineral (rio Ganges).
    Assim se revela um panteísmo. Víxnu é a divindade solar que preside as coisas criadas, conservando-as e fazendo-as prosperar. Xiva é oposto a Víxnu, e é chamado o "destruidor".
            Entre muitos outros deuses podemos mencionar Rama e Krishna descendente de Vixnu
            O hindu acredita na reencarnação das almas, depois da morte, segundo os méritos.
    Acredita também na possibilidade de libertação do homem do ciclo da reencarnação. A ética hinduísta consiste em quatro noções: é preciso aspirar à virtude, mesmo em detrimento de certos bens materiais; a virtude é a prática da não-violência; tem que sofrer pelos outros; e os vícios conduzem ao destino demoníaco que é a vida transmigrante.

Culto

    Os actos da vida dos hindus revestem-se dum carácter sagrado e devem obedecer a ritos precisos, públicos ou privados
    A oração deve fazer-se, pelo menos duas vezes por dia, ao nascer e pôr-do-sol.
    Recitam-se textos dos Vedas e oferecem-se flores e fogo à divindade a que se presta homenagem.
    Existem os brâmanes, sacerdotes que consagram a sua vida aos deuses.
    Muitos ritos e festas doméstica acompanham a vida, desde a sua concepção até à morte, passando pelo dom do nome, iniciação religiosa (entre os oito e dez anos), casamento...

Festas

    Uma religião com tantos deuses tem festas inumeráveis – mais de 40 por ano, variando segundo as regiões. Embora sendo difícil citá-las, indicando as principais
    Durga-puja – É a festa em honra de Durga, deusa da fecundidade, esposa de Xiva. Celebra-se em Outubro – Novembro. São dez dias de procissões e cerimónias, nos templos.
    Sivaratri – Em Fevereiro, em honra de Xiva, os fiéis decoram os templos e passa lá a noite.
    Diwalí – Celebra-se em Outubro – Novembro, na lua nova, em honra de Lakshmi, deusa da prosperidade e da felicidade, É a festa das luzes. Vêem-se lâmpadas, por todos os lados, nos templos, nas casas, nos caminhos, no mar...
    Holi – Em Fevereiro – Março, com danças e procissões, festeja a Primavera, a fecundação, o deus do amor.




http://religioes.home.sapo.pt/hinduismo.htm

Budismo


Budismo




Introdução

    O budismo é um dos fenómenos mais antigos do mundo. É a quarta religião depois do Cristianismo, do Judaísmo e do Hinduísmo. O Budismo não é propriamente uma religião mas mais uma filosofia de vida, visto que, no centro da sua mensagem está o homem; Deus fica numa enigmática penumbra.
    O objectivo do Budismo – não é a fusão em Brama (o Absoluto), nem a união com Deus, mas chegar ao Nirvana que significa apagar os fogos da saudade e do apego (este pode ser atingido nesta vida). Ensina a via para fugir ao sofrimento e à dor.  
            "Há uma esfera que não é certa, nem água, nem fogo, nem ar: a esfera do nada. é só aí o fim do sofrimento"
Buda
    Um dos princípios fundamentais do budismo é o desenvolvimento de uma atitude de compaixão ou benevolência, de amor, e de comunidade com todos os seres vivos, sem ferir, ofender ou depreciar nenhum deles.

A História

    O verdadeiro nome de Buda (= iluminado) foi Siddharta Gotama. Nasceu no Nepal, Nordeste da Índia, entre o séc. VI e IV a.C.) (segundo a tradição por volta do ano 566 a. C.), numa família real do clã Xáquia. O pai, temendo que pudesse ser abalado por desagradáveis, manteve-o na área do palácio. Todavia, aos 29 anos, Gotama viu o sofrimento humano, pela primeira vez, sob a forma de um velho, um doente e um morto. Ao deparar com um asceta (monge), resolveu seguir essa antiga via e fugir de casa, de noite, deixando a mulher e a família. Após seis anos de severa austeridade, atingiu o seu objectivo. Mas não escapara ainda ao sofrimento. Sentado debaixo de uma árvore Bodhi, a da iluminação, passou por todas as fases de meditação e atingiu a iluminação, compreendendo a verdadeira natureza do sofrimento. A partir daí foi conhecido por Buda, literalmente "o acordado", e, durante cerca de 40 anos, até morrer, dedicou-se a ensinar a outros o caminho para chegar à iluminação.

A Doutrina

O credo budista consiste nas «quatro verdades santas»:
1- Toda a existência é insatisfatória e cheia de sofrimento;
2- Este sofrimento é causado pela ignorância, pelo desejo ardente ou apego – esforço constante para encontrar algo de eterno e estável num mundo transitório;
3- O sofrimento ou insatisfação pode-se superar na totalidade – é o Nirvana;
4- Consegue-se alcançar a nirvana seguindo o nobre cominho das Oito Vias: (estas oito vias não têm de ser seguidas por um ordem estabelecida)
- compreensão certa (ou fé pura)
- pensamento dirigido certo (ou vontade pura)
- discurso certo (ou linguagem pura)
- conduta certa (ou acção pura)
- esforço certo (ou aplicação pura)
- vida certa (ou meios de subsistência puros)
- atenção certa (ou memória pura)
- concentração certa (ou meditação pura)
    Par alcançar a purificação absoluta e, por conseguinte, a iluminação, o Budismo propõe numerosos exercícios. O «Yoga» é o principal.
    O budismo acredita que um ser humano antes de atingir o Nirvana, lugar de absoluta tranquilidade, onde o sofrimento não existe, passa por diversos renascimentos. No interior de roda da vida jazem as seis esferas de existência onde os seres podem ser obrigados a renascer:
            o reino dos deuses
            o dos asuras ou deuses rebeldes e ciumentos;
            a dos famintos (pretas);
            o dos infernos
            o dos animais
            o dos seres humanos, caracterizado pelo nascimento, velhice, doença, mal - estar e morte

    No Budismo não existe a alma. Há somente a sequência de um momento de aparecimento que dá origem ao seguinte, de forma que a morte representa simplesmente uma nova forma de aparecimento, como ser humano ou animal, no céu ou no inferno.
    Os três pecados principais do Budismo:
            - a ganância (representada pelo porco)
            - o ódio (representado pela serpente)
            - a ilusão (representada pelo galo)

            "Consumido pelo desejo ardente, enraivecido pelo ódio, cego pela ilusão, esmagado e desesperado, o homem contempla a sua própria queda, a dos outros e ambos em conjunto"
Buda

Os símbolos do budismo

-A roda da vida – É a roda simbólica do renascimento.
-O templo ou santuário budista – lugar de culto
-O Bonzo – É o nome dado aos monges budistas.

A vida religiosa

    Para o Budismo há duas categorias de fiéis: os monges e os leigos.
    Os monges possuem apenas uma túnica amarelada ou alaranjada, e vive em comunidades ou junto aos templos e santuários. O seu dia começa com as orações, os monges saem pelas ruas com a tigela do arroz a pedir esmola. Depois, retira-se para a sua cela, onde come a refeição que lhe foi dada. O monge, de facto, não deve distrair-se com coisas terrenas. A sua pobreza é absoluta, caminha sempre descalço, dorme numa esteira. À tarde, os monges dedicam-se a actividades várias, conforme o gosto ou a iniciativa do abade. Ao cair da noite, reúnem-se de novo para recitar os louvores a Buda. As crianças, embora se vistam como bonzos, não serão obrigatoriamente monges para toda a vida. No mosteiro recebem a formação e são iniciadas à vida espiritual.
    Acções meritórias para os leigos budistas (deste modo o budista laico certifica-se de um futuro nascimento favorável).
            Dar dinheiro aos monges e pobres;
            Dar roupa e alojamento aos monges e pobres;
            Dar medicamentos aos monges e pobres;
            Praticar ritos e devoções através de textos sagrados e cânticos;
            A religião budista exige como comportamento que não se mate, não se roube, não se minta, não tenha ligações amorosas com homem e mulher fora do casamento, e não se tome bebidas alcoólicas.

As Festividades

    Os leigos participam em variados actos de culto que revelam uma religiosidade muito viva e profunda. A oferta de flores, velas e pauzinhos de incenso é muito difundida. As estátuas de Buda são honradas de modo particular. Nas de madeira, os fiéis colocam folhinhas de ouro, pronunciando a típica oração budista: "Refugio-me no Buda, nos seus ensinamentos (Dharma) e na comunidade de monges (Sangha) – preserva e transmite o que o sábio ensinou.
    Assim, as orações dos budistas, leigos e monges, não são dirigidas a um Deus pessoal, mas ao Buda que está dentro de cada um de nós. Muitas vezes, essas mesmas orações são gravadas em rolos que os fiéis fazem girar. Julgam que, enquanto os rolos giram com as orações que contêm estas são repetidas centena de vezes.

O Budismo Tibetano

    Os monges tibetanos têm o nome de Lama e gozam de um grande influência na população. São vistos como reincarnação dos santos budistas. Quando um deles morre, procura-se a criança em que a sua alma se reincarnou. É examinado e aceite como um novo Lama. Apenas o Budismo do Tibete está estruturado de forma hierárquica. A máxima autoridade é o Dalai Lama. O actual, chamado Tenzin Gytso, vive exilado desde 1959, porque a sua pátria foi invadida pelos chineses.

http://religioes.home.sapo.pt/budismo.htm

Cristianismo


religioes.home.sapo.pt/cristianismo.htm

Religião

A religião é um conjunto de crenças e práticas, frequentemente associada a um poder sobrenatural que manda ou orienta a vida e a morte dos Homens, ou um compromisso com ideias que dão coerência à vida de cada pessoa.

Aderir a uma religião implica a crença numa força divina e oferece também uma orientação moral dos seus seguidores.

As religiões reúnem também pessoas em comunidades com valores e objectivos comuns. Há muitas religiões no mundo. Algumas são praticadas dentro das áreas geográficas específicas, mas cinco – Hinduísmo, Budismo, Judaísmo, cristianismo e islamismo – espalharam-se por todo o mundo e têm milhões de fiéis.


Cristianismo





Um pouco de História


    O cristianismo é a religião dos que crêem que Jesus Cristo é Filho de Deus, morto e ressuscitado. Filho de Deus e de Maria, Jesus nasceu em Belém, num dos últimos anos de vida de Herodes, o Grande, sendo imperador de Roma, César Augusto, 6 ou 7 anos antes da nossa era.
    Teve discípulos que espalharam a Sua pregação por toda a parte, a partir de Jerusalém.
Pedro e Paulo difundem o cristianismo na Europa.
    Depois de muitas hostilidades, no século IV (313), conhece um período de paz, com o Édito de Milão de Constantino.
    Mais tarde, com Teodósio, o cristianismo é proclamado religião do Estado.
    Com a queda do Império romano e superadas as invasões bárbaras, os povos europeus foram abraçando, uns após outros, a religião cristã.
    Com os Descobrimentos, o cristianismo expande-se pelas Américas, África e Extremo Oriente.

O Livro Sagrado

    A Bíblia é o livro sagrado dos Cristãos, mas é diferente da Bíblia dos judeus na medida em que contém o Antigo e o Novo Testamentos.

 

 

 

A fé

    Os cristãos acreditam num Deus único manifestado em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. Omnipotente e cheio de amor, enviou o Seu Filho Jesus. Este Jesus, o Cristo, é o Caminho, a Verdade e a Vida para Salvação dos homens. Sendo verdadeiramente Homem e verdadeiramente Deus, durante toda a Sua vida ensinou o caminho para o Pai. Crucificado, ressuscitou gloriosamente ao terceiro dia.
    Esta fé é professada no Credo.

 O culto

    Embora diferente nas igrejas católica, ortodoxa e protestante, encontramos pontos comuns.
    Todas elas têm um culto privado, que consiste na prática da fé e das obrigações que ela encerra, e um culto público. Este último tem a sua expressão nos Sacramentos, realidades humanas que realizam e manifestam a intervenção de Deus no mundo. O seu número não é igual para todas as formas do cristianismo.
    Evocando o dia da ressurreição de Cristo, os cristãos celebram o Domingo.

Festas

São muitas. As principais podem considerar-se:
        O Natal
    Festeja o nascimento de Cristo.
    Os cristãos começaram a festejá-lo no século IV, em Roma. Não escolheram a data ao acaso pois os romanos, nesta época do ano, festejavam "o sol invicto", o momento em que os dias começam a crescer (é o solstício do Inverno). Os cristãos mostraram desta forma que Jesus é o verdadeiro sol e a luz que ilumina os homens.
    Os cristãos ortodoxos festejam-no; não em 25 de Dezembro, mas na Epifania, em 6 de Janeiro.
        A Páscoa
    No Domingo de Páscoa, a Igreja festeja Jesus ressuscitado: "O Senhor ressuscitou. Aleluia!"
    Os cristãos festejam, no Domingo de Páscoa, a vitória de Jesus sobre a morte e a esperança de que, para eles também, a morte não seja senão uma passagem antes de conhecerem uma outra vida junto de Deus.
        O Pentecostes
    Cinquenta dias depois da Páscoa, os cristãos festejam o dia em que Deus enviou o Espírito Santo sobre os Apóstolos.

Jesus Cristo

Jesus Cristo nasceu há dois mil e quatro anos na Judeia, uma província do Império Romano e que corresponde a uma área abrangida pela Síria e por Israel. Para os cristãos, Jesus é o filho de Deus e a sua religião baseia-se nos ensinamentos que Ele pregou durante a sua vida. Quase tudo o que hoje se conhece sobre Jesus, vem dos quatro primeiros livros do Novo Testamento, ou seja, dos Evangelhos de S. Mateus, S. Marcos, S. Lucas, S. João, os quais se concentram especialmente nos anos da pregação de Jesus na Galileia, bem como na história da sua morte e ressurreição. Este é o aspecto mais importante da existência de Jesus, uma vez que o sacrifício da sua vida constituiu para os Cristãos a forma pela qual Deus Pai salvou o género humano e lhe abriu as portas da vida eterna.
 Tipos de Igrejas Cristãs





Judaísmo

Judaísmo
O Judaísmo é uma crença monoteísta que se apóia em três pilares: na Torá, nas Boas Ações e na Adoração. Por ser uma religião que supervaloriza a moralidade, grande parte de seus preceitos baseia-se na recomendação de costumes e comportamentos "retos".
O Deus apresentado pelo Judaísmo é uma entidade viva, vibrante, transcendente, onipotente e justa. Entre os homens, por sua vez, existem laços fraternos, e o dever do ser humano consiste em "praticar a justiça, amar a misericórdia e caminhar humildemente nas sendas divinas".
A prática da religião está presente no dia-a-dia do judeu. Ela se estende até sua alimentação, que deve ser kosher, ou seja, livre de comidas impuras (certas carnes, como a suína, entre outras substâncias, não são permitidas). Outro hábito arraigado é a observação do Shabat, o dia do descanso, que se estende do pôr-do-sol da sexta-feira até o pôr-do-sol do sábado, e que é celebrado com rezas, leituras e liturgias na Sinagoga, o templo judaico.
Em essência, o Judaísmo ensina que a vida é uma dádiva de Deus e, por isso, devemos nos esforçar para fazer dela o melhor possível, usando todos os talentos que o Criador nos concedeu.
As escrituras sagradas, as leis, as profecias e as tradições judaicas remontam a aproximadamente 3 500 anos de vida espiritual. A Torá, que também é conhecida como Pentateuco, corresponde aos cinco primeiros livros do Antigo Testamento bíblico (os outros dois são Salmos e Profecias). O Talmud é uma coleção de leis que inclui o Mishná, compilação em hebraico das leis orais, e o Gemará, comentários dessas leis, feitos pelos rabinos, em aramaico.
Subdivisões do Judaísmo
Judaísmo Conservador
Esta corrente defende a idéia de que o Judaísmo resulta do desenvolvimento da cultura de um povo que podia assimilar as influências de outras civilizações, sem, no entanto, perder suas características próprias. Assim, o Judaísmo Conservador não admite modificações profundas na essência de suas liturgias e crenças, mas permite a adaptação de alguns hábitos, conforme a necessidade do fiel.
Judaísmo Ortodoxo
Corrente que se caracteriza pela observação rigorosa dos costumes e rituais em sua forma mais tradicional, segundo as regras estabelecidas pelas leis escritas e na forma oral. É a mais radical das vertentes judaicas.
Judaísmo Reformista
O Movimento Reformista defende a introdução de novos conceitos e idéias nas práticas judaicas, com o objetivo de adaptá-las ao momento atual. Para esta corrente, a missão do judeu é espiritualizar o gênero humano - a partir deste ponto de vista, torna-se obsoleto qualquer preceito que vise separar o judeu de seu próximo, independentemente de crença ou nação. 

http://www.casadobruxo.com.br/religa/judaismo.htm 

Judaísmo

Introdução
Este trabalho foi realizado a pedido da professora de Educação Moral e Religiosa Católica, Maria do Céu Rodrigues, com a finalidade de elaborar um pequeno trabalho sobre as religiões não-cristãs, a que nós escolhemos foi o Judaísmo, que é a mais conhecida.
O trabalho será composto pela seguinte ordem: primeiro irei falar sobre a religião escolhida, depois sobre os rituais e os símbolos Judaicos e por fim iremos mostrar algumas curiosidades, imagens legendadas relacionadas cm o tema do trabalho, os Judeus.
Espero que goste.
Judaísmo
Judaísmo é o nome dado à religião e cultura do povo judeu, e que também serviram de base para outras grandes religiões como cristianismo e o islamismo.
Embora o termo judaísmo refira-se à religião predominantemente na Judeia ou seja à cultura dos povos hebreus, na actualidade o judaísmo não procura mais se identificar como sendo uma religião, em vez disso, os judeus têm encarado o judaísmo como uma cultura independente da história do mundo, com uma língua (hebraica) autêntica de modo a preservar seus princípios morais e étnicos direccionados focalizados nos ancestrais bíblicos, assim como a sua liturgia, a filosofia e outras práticas religiosas que juntas fazem parte de uma unificação doutrinária que organiza os diversos povos que hoje formam do povo escolhido para governar a terra prometida.
O tema principal do Tanakh (o Antigo Testamento cristão) é um relato da relação dos israelitas (também conhecidos como hebreus) com Deus, segundo os reflexos dessa relação na sua história desde o princípio dos tempos e a construção do segundo templo (cerca de 350 a.C.).
Para os judeus, a Torá (o Pentateuco) foi transmitida a Moisés, directamente de Deus e ensinada ao povo. Seu conteúdo foi compilado na íntegra, para que assim ele jamais fosse esquecido e permanecesse imutável, mesmo com o desaparecimento dos sábios que a transmitiram, de geração a geração.
Se bem que o judaísmo tenha sempre reconhecido um certo número de outros princípios de fé judaicos, nunca desenvolveu um catecismo obrigatório. Surgiram variadas formulações das crenças judaicas, a maioria das quais com muito em comum entre si, mas divergentes em vários aspectos. Nos últimos dois séculos, a comunidade judaica dividiu-se em vários movimentos judaicos. Cada um desses movimentos tem uma abordagem diferente no estilo de vida, cada movimento cumpre mais ou menos leis. A maior parte das formas de judaísmo ortodoxo geralmente cumprem muitos preceitos, ao passo que as formas não-ortodoxas de judaísmo geralmente defendem que os princípios foram evoluindo com o tempo e adapta o judaísmo aos costumes locais. Estes tópicos são discutidos com maior profundidade no artigo sobre os princípios de fé judaicos.
A Torá ou Pentateuco, de acordo com os judeus, é considerado o livro sagrado que foi revelado diretamente por Deus. Fazem parte da Torá : Gênesis, o Êxodo, o Levítico, os Números e o Deuteronômio. O Talmude é o livro que reúne muitas tradições orais e é dividido em quatro livros: Mishnah, Targumin, Midrashim e Comentários.  
Os cultos judaicos são realizados num templo chamado de sinagoga e são comandados por um sacerdote conhecido por rabino. O símbolo sagrado do judaísmo é o memorá, candelabro com sete braços.
Entre os rituais, podemos citar a circuncisão dos meninos (aos 8 anos de idade) e o Bar Mitzvah que representa a iniciação na vida adulta para os meninos e a Bat Mitzvah para as meninas (aos 12 anos de idade).
Os homens judeus usam a kippa, pequena touca, que representa o respeito a Deus no momento das orações.
Nas sinagogas, existe uma arca, que representa a ligação entre Deus e o Povo Judeu. Nesta arca são guardados os pergaminhos sagrados da Torá.
A lei judaica considera judeu e todo aquele que nasceu de mãe judia ou se converteu de acordo com essa mesma lei. (Recentemente, os seguidores da Reforma Americana e do Reconstrucionismo têm incluído também as crianças nascidas de pai judeu e mãe gentia, desde que educadas de acordo com a religião judaica).
Um judeu que deixe de praticar o judaísmo e se transforme num judeu não-praticante continua a ser considerado judeu. Um judeu que não aceite os princípios de fé judaicos e se torne agnóstico ou ateu também continua a ser considerado judeu. No entanto, se um judeu se converte a outra religião, como o budismo ou o cristianismo, perde o lugar como membro da comunidade judaica e transforma-se num apóstata. Segundo a tradição, a sua família e amigos tomam luto por ele, pois para um judeu abandonar a religião é como se morresse. No entanto, embora a pessoa esteja fora da comunidade judaica e tenha ideias não-judaicas, essa pessoa ainda é judaica de acordo com a maior parte das autoridades em lei judaica.
Curiosidades
Excomunhão:
O Chérem é a mais alta censura eclesiástica na comunidade judaica. É a exclusão total da pessoa da comunidade judaica. Excepto em casos raros que tiveram lugar entre os judeus ultra-ortodoxos, o cherem deixou de se praticar depois do iluminismo, quando as comunidades judaicas locais perderam a autonomia de que dispunham anteriormente e os judeus foram integrados nas nações gentias em que viviam. Uma discussão mais aprofundada deste assunto pode ser encontrada no artigo sobre o chérem.
Calendário Judaico:
O calendário judaico é contado desde 3761 a.C.. O Ano Novo judaico, chamado Rosh Hashaná, acontece no primeiro ou no segundo dia do mês hebreu de Tishri, que pode cair em setembro ou outubro. Os anos comuns, com doze meses, podem ter 353, 354 e 355 dias, enquanto os bissextos, de treze meses, 383, 384 ou 385 dias.
Feriados:
A vida judaica está repleta de tradição religiosa, e é celebrada um ciclo anual de feriados judaicos. Em 2005 estamos no ano de 5766 a partir da criação do mundo.
As Festas Judaicas:
As datas das festas religiosas dos judeus são móveis, pois seguem um calendário lunisolar. As principais são as seguintes:
· Purim - os judeus comemoram a salvação de um massacre elaborado pelo rei persa Assucro. 
· Páscoa ( Pessach ) - comemora-se a libertação da escravidão do povo judeu no Egito, em 1300 AC. 
· Shavuót - celebra a revelação da Torá ao povo de Israel, por volta de 1300 a.C.
Rosh Hashaná - é comemorado o  Ano Novo judaico.
· Yom Kipur - considerado o dia do perdão. Os judeus fazem jejum por 25 horas seguidas para purificar o espírito.
· Sucót -  refere-se a peregrinação de 40 anos pelo deserto, após a libertação do cativeiro do Egito. 
· Chanucá - comemora-se o fim do domínio assírio e a restauração do tempo de Jerusalém. 
. Simchat Torá - celebra a entrega dos Dez Mandamentos a Moisés.
Estrela de David:
A Estrela de David, é o símbolo mais comum associado ao Judaísmo. Tem a função de representar o escudo do Rei David.
Este símbolo foi estudado por inúmeros investigadores entre eles está Franz Rosenzweig, que atribui um significado teológico ao símbolo.
Diz que o triângulo que tem sua extremidade no cimo, é relativo a Deus, enquanto que o triângulo ao contrário representa o mundo real. A sua união representa a aliança entre Deus e os homens.
A estrela de David, não aparece como um símbolo exclusivo do judaísmo, para já se houvesse esse símbolo, seria o menorah .
Durante a história, os judeus sempre estiveram ligados a este símbolo, principalmente durante a época da Alemanha Nazi, onde eram identificados com a estrela.
Hoje em dia, a estrela de David, está cada vez mais presente na vida dos judeus, nas portas das sinagogas, até na bandeira de Israel.
Chai:
Este símbolo é vulgarmente visto nos colares e outra jelhoaria e ornamentos, representa a palavra hebraica Chai (Viver), constituída pela junção de duas letras, Chet e Yod. Á quem diga que se refere à vida de Deus. No judaímo a palavra Chai tem muito significado pois a religião é muito ligada à vida.
Mão de Hamesh:
A Mão de Hamesh, é uma popular peça de joalharia judaica. Esta mão invertida, têm um olho no centro ou então, diversas letras hebraicas.
Este símbolo, não é necessariamente exclusivo do Judaísmo, na cultura àrabe é referida como a Mão de Fátima, que representa a Mão de Deus.
Porque se tornou tão popular ninguém sabe, pode ser que seja por outras culturas pensarem que é uma protecção contra o mau-olhado.
Conclusão
Gostamos bastante de realizar este trabalho, pois ficamos a saber muito mais sobre esta religião não-cristã, o Judaísmo.
Espero que tenha gostado, tal como nós gostamos de o realizar.
Bibliografia


Super 180Espiritismo , que religião é essa? 
setembro 2002
Jesus Cristo não é o enviado de Deus à Terra. É apenas um espírito mais evoluído que serve de guia para toda a humanidade.
por Leandro Sarmatz / Alceu Nunes
Criado por um pedagogo, o Espiritismo surgiu na França no século XIX. Hoje, o Brasil possui a maior comunidade espírita do mundo. Saiba tudo sobre a religião que considera a morte apenas uma etapa da evolução pessoal e que acredita na vida em outros planetas
Jesus Cristo não é o enviado de Deus à Terra. É apenas um espírito mais evoluído que serve de guia para toda a humanidade.
A morte de um ente querido, por mais dolorosa que seja, não deve ser encarada de forma absolutamente negativa. Muitas vezes, é apenas o encerramento de uma missão no mundo dos vivos.
Vivemos cercados de espíritos, alguns bons, outros ruins.
As afirmações acima – que batem de frente com os princípios fundadores de muitos credos, entre eles a fé católica e todas as demais religiões dela derivadas – costumam ser proferidas de maneira desassombrada pelos espíritas em centenas de centros espalhados pelo Brasil. Pudera. Fazem parte das idéias básicas de uma religião professada por 2,3 milhões de brasileiros, segundo o último censo do IBGE.
A enorme receptividade do Espiritismo no Brasil é mais um dos inúmeros paradoxos da fé em terras tupiniquins. Embora a pátria-mãe do Espiritismo seja a França – país de Allan Kardec, o homem que, no século XIX, compilou e decodificou os princípios que até hoje orientam os 15 milhões de adeptos no mundo todo –, foi no Brasil que essa religião, gestada numa era em que a ciência se desenvolvia vertiginosamente, encontrou terreno fértil para se alastrar do Oiapoque ao Chuí. Por quê? A resposta está tanto no Espiritismo quanto no povo brasileiro.
O QUE É
Religião ou doutrina? Se você perguntar a algum freqüentador assíduo de centro espírita, provavelmente receberá a seguinte resposta: o Espiritismo é uma doutrina revelada pelos espíritos superiores a Allan Kardec, que a codificou em cinco obras: O Livro dos Espíritos (1857), O Livro dos Médiuns (1859), O Evangelho Segundo o Espiritismo (1863), O Céu e o Inferno (1865) e A Gênese (1868).
Mas isso explica muito pouco. Doutrinas há de todas as cores e matizes ideológicos. O Marxismo também é uma doutrina baseada em um livro fundamental (no caso, O Capital, de Karl Marx), mas nem por isso deve ser encarado como uma religião. A Psicanálise, também. Assim ocorre com outras filosofias. A diferença básica está na forma de encarar a realidade. “Se você explica a realidade social pela realidade transcendente, sua visão é religiosa”, afirma Maria Laura Viveiros de Castro Cavalcanti, professora do Departamento de Antropologia Cultural da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e estudiosa do Espiritismo no Brasil. Isso quer dizer que, sim, o Espiritismo é uma religião – pois apresenta toda uma série de explicações espirituais e divinas para eventos tão comezinhos quanto o mau humor do seu vizinho e tão devastadores quanto a morte de alguém em sua família.
Típico rebento do século XIX – o mesmo das teorias evolucionistas de Charles Darwin, da Tabela Periódica, da redescoberta das filosofias orientais e do Positivismo de Auguste Comte –, o Espiritismo consegue a proeza de mesclar Catolicismo primitivo (caridade), Budismo (reencarnações), Darwin (evolucionismo) e um caldeirão de credos esotéricos que estavam em plena voga nos anos 1800 – e que geraram filosofias tão diversas como o Espiritualismo de Emannuel Swedenborg e a Teosofia de Madame Blavatsky. “É uma religião de síntese”, afirma Maria Laura.
E só poderia ser assim mesmo. Seu iniciador, Allan Kardec (1804-1869), era um pedagogo que fundou na própria casa um curso gratuito de Química, Física, Anatomia e outras ciências que galvanizaram as mentes curiosas do século XIX e ajudaram a preparar o terreno para as revoluções científicas da nossa era. Kardec inclusive chegou a estudar Medicina, mas logo abandonou os planos de atuar nessa profissão. É por essa razão que, desde o início do movimento espírita, ele sempre fez questão de apresentar, com um vocabulário inspirado nas ciências, eventos como comunicação com espíritos e o movimento de objetos sem ação humana aparente. Num texto bastante famoso, o iniciador do Espiritismo explica seu método: “Apliquei a esta nova ciência, como tinha feito até então, o método de experimentação; nunca elaborei teorias preconcebidas: eu observava atentamente, comparava, deduzia as conseqüências...”.
A identificação explícita com o método de dedução científica foi uma tentativa de livrar o Espiritismo da pecha de irracionalidade num tempo em que a Razão era um verdadeiro dogma. E também foi – numa estratégia inversa – uma afirmação do Espiritismo como reunião de doutrinas religiosas, científicas e filosóficas para fazer frente às verdades incontestáveis da Igreja Católica. E essa, logo iria mostrar seu desagrado com a nova religião. Porque a afirmação do Espiritismo foi uma luta difícil e demorada, como se verá a seguir.
COMO SURGIU
Um dia, andando pelas ruas de Paris, Hippolyte Léon Denizard Rivail encontrou-se com um amigo de nome Carlotti, que lhe descreveu uma série de eventos extraordinários, supostamente provocados pela ação direta de espíritos.
Curioso e ainda descrente, Rivail começou a freqüentar algumas reuniões – e teria visto seu ceticismo virar picadinho ao observar mesas e outros objetos ganharem movimento sem a ajuda de qualquer pessoa ou mecanismo especial. Disposto a entender esses fenômenos, Rivail mergulhou no estudo de várias correntes do misticismo e começou (num gesto que viria confirmar suas inclinações científicas) a experimentar e repetir vários daqueles que seriam fenômenos de comunicação com o mundo dos mortos.
Numa das sessões que presenciava, Rivail ouviu de um médium que ele já fora um celta chamado Allan Kardec. E que, como Kardec, ele deveria reunir os muitos ensinamentos e conclusões dos últimos séculos numa doutrina que propagasse os ideais de Cristo e trouxesse alívio para os corações dos homens. Imbuído desse espírito (sem trocadilhos), Kardec começou a trabalhar na síntese que gerou o Espiritismo.
Em 1857, Kardec trouxe à luz O Livro dos Espíritos. É a partir dessa obra que se pode falar em Espiritismo (a palavra, aliás, é um neologismo cunhado pelo próprio Kardec para diferenciar a nova religião dos inúmeros espiritualismos que estavam na moda). E – outro elemento de diferenciação com as demais religiões – tinha a retórica livremente inspirada no vocabulário e no método expositivo dos livros de ciências naturais do século XIX. Uma linguagem sintética, facilmente compreensível e nada hermética.
Contudo, a nova religião iria despertar a fúria da Igreja Católica. Os motivos dão força a um debate que, mesmo hoje, mais de cem anos depois, ainda inflamam adeptos e estudiosos acadêmicos. Primeiro motivo: no Espiritismo, Cristo não é o filho de Deus – mas um espírito mais evoluído. Segundo motivo: a Redenção no Catolicismo é um evento único, total, universal. No Espiritismo ela se dá em conta-gotas, a cada passo da evolução de cada um dos espíritos.
Só essas duas diferenças já serviriam para provocar uma cisão. Sem falar na possibilidade de reencarnação, que não existe no Catolicismo. Mas – pelo menos entre os espíritas – a identificação com a fé cristã é total. “A fé espírita é baseada nos ensinamentos de Jesus: logo, é uma religião cristã”, afirma Durval Ciamponi, presidente da Federação Espírita do Estado de São Paulo.
“O Espiritismo não é uma religião cristã”, diz Antônio Flávio Pierucci, professor do Departamento de Sociologia da Universidade de São Paulo (USP) e um dos maiores estudiosos da religiosidade brasileira. “Os espíritas utilizam o Cristianismo para se legitimarem.” Pierucci vai mais longe. Afirma que esse vínculo com a Igreja Católica pregado pelos espíritas serviu, durante décadas, para lutar contra a discriminação: “O Espiritismo faz força para não parecer uma religião exótica”.
Esse alinhamento com os evangelhos pode ser explicado pelas perseguições sofridas pelos adeptos do Espiritismo. Já em 1861, o bispo de Barcelona, na Espanha, promoveu um auto-de-fé com livros espíritas. Uma enorme fogueira queimou os livros de Kardec. Junto com a Igreja, nessa mesma época cientistas e políticos europeus (influenciados pela Igreja ou não encontrando na doutrina o rigor que ela declarava ter) iniciaram uma poderosa campanha de difamação do Espiritismo.
No final das contas, grande parte dos estudiosos acadêmicos do Espiritismo considera a religião uma espécie de neocristianismo. “Jesus
Cristo é um elemento comum entre as duas religiões. As diferenças não apagam as semelhanças”, afirma Maria Laura.
E assim, identificado com o Cristianismo, o novo credo se alastrou pelo mundo. Chegando ao Brasil em 1860, o Espiritismo logo foi adotado por intelectuais, militares e funcionários públicos. Porém, o rastro de perseguição também chegou até aqui. O Código Penal de 1890 classificava o Espiritismo como crime. Apesar disso, a religião se fortalecia e expunha à população um dos seus lados mais meritórios: a caridade. E o ato de fazer bem às comunidades próximas dos centros espíritas se tornou uma marca tão forte no Espiritismo brasileiro que ajudou a transformar a religião e a lhe emprestar uma face tipicamente verde-amarela. É isso, em parte, que ajuda a explicar o salto quantitativo do Espiritismo no Brasil.
Há até uma cidade fundada exclusivamente por espíritas. Palmelo, a 200 quilômetros de Goiânia, GO, surgiu a partir da criação de um centro espírita, em 1929. Recebendo cerca de 50 000 visitantes todos os anos, que ali procuram consolo para inúmeras aflições físicas e espirituais, Palmelo (que foi emancipada em 1953) não permite a venda de bebidas alcoólicas e, em suas ruas, placas apresentam “pílulas” de ensinamentos espíritas extraídos dos livros de Allan Kardec.
A cidade goiana, porém, é um fato isolado. No resto do Brasil, os agrupamentos espíritas distinguem-se pela sobriedade e pelos baixos níveis de proselitismo. E mesmo com sua enorme difusão em terras brasileiras, a religião continua sendo, até hoje, uma fé professada pela classe média urbana (que, por receio de discriminação, não costuma ostentar traço algum da sua opção religiosa). “O Espiritismo difundiu-se entre profissionais liberais e pessoas da classe média dos centros urbanos porque exige leitura e instrução”, afirma Marcelo Camurça, professor de Ciências da Religião da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em Minas Gerais.
Quem já freqüentou um centro espírita sabe disso. A atmosfera lembra ligeiramente um congresso universitário. Um auditório atento, muitas vezes municiado de algum dos livros de Kardec, escuta as leituras e os comentários feitos por um ou mais “palestrantes” reunidos em uma mesa. Tudo de um modo sóbrio e nada espetaculoso. “A sobriedade é uma das maiores fontes de identificação do Espiritismo entre a classe média”, afirma Maria Laura Viveiros de Castro Cavalcanti.
A disciplina é outra exigência não assumidamente declarada. Vai daí o grande número de militares que, desde os primórdios, mergulhou nos ensinamentos de Kardec. Um dos mais famosos espíritas fardados do Brasil é o general Alberto Cardoso, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional e líder de um centro espírita na capital federal.
Por causa de suas origens declaradamente científicas e pelo discurso que prega a racionalidade, o Espiritismo vem atraindo médicos – céticos diplomados e profissionais – nas últimas décadas. Fundada em 1968, a Associação dos Médicos Espíritas do Brasil (Amebrasil) reúne cerca de 1 200 médicos que estudam e tentam transpor para a prática diária da Medicina alguns dos princípios do Espiritismo.
É uma questão polêmica. O Espiritismo prega o tratamento homeopático e são célebres na trajetória brasileira da religião os casos de médiuns (como o mineiro José Arigó, que incorporava um suposto doutor Fritz e, inspirado por ele, fazia escatológicas cirurgias em milhares de pessoas entre os anos 50 e 70) que reúnem multidões de desvalidos em operações de fundo de quintal. Está-se falando de dois elementos que configuram prática ilegal da Medicina: receitar remédios e operar doentes sem licença para isso.
No entanto, esses aspectos não são levados em conta pelos médicos espíritas. “Sempre usei a alopatia e o próprio Chico Xavier sempre se operou pela Medicina tradicional”, afirma Marlene Rossi Severino Nobre, médica aposentada pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de São Paulo e presidente da Amebrasil. Marlene – que trabalhou com Chico em Uberaba no início da década de 60 e com ele chegou a psicografar algumas obras – não divisa conflito algum entre Medicina e Espiritismo. “O médico espírita leva aos seus pacientes os ideais de caridade da doutrina Espírita”, diz. “A Medicina é muito reducionista”, afirma. Para ela, a única explicação para a vida biológica, para o surgimento das células e para a evolução do Homem é a ação de forças superiores, ainda pouco compreendidas pela humanidade.
Nos próximos anos, os médicos da Amebrasil pretendem intensificar uma série de experimentos para comprovar eventos como campo magnético e experiências de quase-morte, até hoje inexplicados pela ciência tradicional. Sem contar com aval universitário algum, nem com qualquer tipo de estímulo de órgãos tradicionais de fomento à pesquisa como Capes e CNPq, a Amebrasil equilibra-se numa corda-bamba entre ciência e fé. É uma polêmica que promete esquentar os meios médicos e espíritas brasileiros num futuro próximo.
Mas um comportamento sóbrio, a prática da caridade e a adesão crescente de setores da Medicina não explicam totalmente o ibope do Espiritismo no Brasil. A fé espírita germinou aqui mais do que em qualquer outro lugar porque encontrou um terreno fértil para grande parte de seus princípios. Uma mistura muito brasileira de crenças católicas populares herdadas de Portugal, adoração aos mortos e religiosidades indígena e negra ajudou a alastrar o alcance da fé (veja quadro na página 51).
E foi no Brasil que surgiu o maior médium desde Allan Kardec. Francisco Cândido Xavier (1910-2002), franzino e modesto, com uma saúde combalida desde sempre, encarnou como ninguém os ideais de comedimento, benevolência e austeridade do Espiritismo. Sua adesão à fé obedeceu aos insondáveis princípios de uma predestinação.
Órfão ainda na infância, Chico teria começado a se comunicar e a se aconselhar com o espírito da mãe. Na escola, durante as comemorações do Centenário da Independência, em 1922, a turma de Chico deveria escrever uma redação sobre o acontecimento nacional. Durante a aula, o menino teria se perturbado com a presença de um homem ao seu lado, ditando-lhe o texto – que obteve menção honrosa.
Com 18 anos e buscando uma explicação para os fenômenos que o teriam acompanhado desde a infância, Chico já é um freqüentador de centros espíritas. E logo fica bem claro para todos que aquele rapaz de saúde frágil é um médium destinado a limpar as últimas nódoas de marginalidade que ainda recobrem o Espiritismo no Brasil. É a partir desse momento que ele teria entrado em contato com as primeiras manifestações do espírito Emmanuel – o que lhe renderia o posto de “co-autor” de nada menos que cerca de 400 títulos por ele psicografados sob inspiração do espírito e que venderam 25 milhões de livros em todo o mundo.
Com Emmanuel (que teria sido o senador romano Publius, depois um escravo cristão dilacerado por leões e, finalmente, o padre Manuel da Nóbrega, já em terras brasileiras), Chico realizou vários avanços na doutrina formada por Kardec, alastrando a sabedoria espírita para outros campos, como ciências sociais e economia. Imbuído do espírito de caridade, Chico destinou toda a renda a entidades sociais e aposentou-se com um modesto salário de funcionário público.
Quando morreu, em 30 de junho deste ano, deixou uma multidão de seguidores e leitores em todos os cantos do planeta e uma lição de humildade e amor ao próximo que transcende os limites do Espiritismo.
O QUE PREGA
Para entender o Espiritismo, é preciso saber que a base de toda a religião está exposta nas cinco obras seminais de Allan Kardec. Desde esse nascimento na França oitocentista, o Espiritismo reivindica não apenas um status de religião, mas também de ciência e de filosofia. Ou seja: é uma fé e uma doutrina cujas manifestações – contato com espíritos, regressões a vidas passadas e textos psicografados – poderiam ser comprovadas através do método dedutivo herdado da ciência.
Segundo o Espiritismo, todo homem é um médium, um canal de comunicação entre os vivos e os espíritos. Por isso, não existe um papa espírita nem qualquer tipo de hierarquia dentro da religião (a ausência de paramentos e cerimoniais também é uma característica “racionalista” dentro da fé espírita). Nos centros espíritas, por exemplo, a função de liderança geralmente está reservada ao médium mais experiente ou ao próprio fundador do centro.
A simplicidade pregada pelo Espiritismo também estaria explicitada pela inexistência de grandes rituais de passagem como casamentos, batismos e enterros. Isso porque os espíritas acreditam ser desnecessário o vínculo com Deus – “a inteligência suprema”, como prega Allan Kardec. Céu, inferno e diabo virtualmente não existem no horizonte espírita. Isso porque o Bem e o Mal podem estar dentro de cada um, sem que haja a necessidade de uma localização para cada um.
Os médiuns comunicam-se com os espíritos das mais diversas maneiras. Houve um tempo em que a comunicação se dava por meio de batidinhas na parede, mas hoje, na maioria dos centros espíritas, as principais formas de comunicação costumam ser a psicografia e a incorporação. Em sessões chamadas de “desobsessão” (quando um espírito cheio de más intenções incomoda uma pessoa), os médiuns incorporam essas entidades chamadas “obsessoras” e procuram convencê-las da falta de sentido em assombrar a vida dos “encarnados”.
O Espiritismo acredita que os espíritos são criados numa espécie de “ponto zero”, onde todos são imperfeitos e devem chegar – ao longo de várias e sucessivas encarnações – à perfeição. A cada encarnação o espírito aprende um pouco mais sobre bondade, tolerância e caridade. Claro que nem todos são “santos”: o livre-arbítrio (a capacidade de cada um escolher o seu destino) é um elemento importante da religião. Por isso, haveria espíritos deliberadamente “maléficos” fadados a intermináveis (e sofridas) encarnações na Terra. Os espíritos só se tornarão mais iluminados e superiores na medida em que forem eliminando seus maus hábitos, os aspectos ruins do seu caráter e passarem a praticar o bem.
Um fato curioso é a crença dos espíritas na vida em outros planetas. “Os espíritos são intergalácticos”, afirma Durval Ciamponi, da Federação Espírita de São Paulo. Isso não significa, necessariamente, a existência de ETs pilotando discos voadores pelo espaço sideral: mas formas de vida – inclusive minerais – que são habitadas por espíritos em diferentes estágios de evolução em lugares tão inóspitos quanto Saturno ou Plutão. Essa crença numa força divina interplanetária fez do Espiritismo, desde a década de 1960, um dos elementos que ajudaram a compor as religiões new age. “O Espiritismo antecipa toda essa onda de religiões e doutrinas da Nova Era”, afirma Marcelo Camurça, da UFJF.
Kardec fatiou o homem em três porções básicas: espírito (“essência imortal”), corpo (“invólucro material”) e perispírito (“corpo” que reveste o espírito). Quando uma pessoa morre, sua alma e seu perispírito libertam-se do corpo e passam a seguir um trajeto rumo à reencarnação. Um espírito irá encarnar tantas vezes quantas forem necessárias para atingir a perfeição. O mundo material, portanto, seria uma espécie de universidade onde os espíritos aprendem com as provações.
É nesse mundo que nos coube viver que cada ação seria avaliada como mais um aspecto da evolução pessoal. O velho adágio “aqui se faz, aqui se paga” recebe, no Espiritismo, uma validade bastante concreta. E são essas “dívidas”que explicariam, por exemplo, o nascimento de uma criança sem cérebro ou a paralisia de um adulto: tragédias pessoais que, do ponto de vista da doutrina, seriam necessárias para que o espírito refletisse e compreendesse que todos os reveses acontecem para seu benefício durante a evolução.
Temas incandescentes como aborto, eutanásia e suicídio são condenados – como na maior parte das religiões –, mas sua possibilidade existe porque cada um conta com o livre-arbítrio.
O percurso evolutivo de cada um explica as diferenças sociais, de saúde ou de capacidade intelectual. As benesses ou tragédias de cada um fazem parte do carma – que pode ser revertido graças a ações meritórias. Pois fazer o bem para os outros, no Espiritismo, é fazer o bem para si mesmo. Por isso a caridade é um dos elementos mais importantes da religião: ela serve para amenizar o sofrimento alheio e “conta pontos” na evolução de quem a pratica.
“Fora da caridade não há salvação”, prega a mais famosa frase de Allan Kardec. Pode-se discordar ou mesmo refutar desdenhosamente os princípios do Espiritismo. Porém, é virtualmente impossível fazer troça ou ignorar o legado de respeito ao próximo difundido por essa religião. Um princípio que, tranqüilamente, pode ser seguido por qualquer um que habite o nosso planeta. Acredite em Deus ou não.

Pequeno vocabulário espírita
Nas cinco obras que deixou para a posteridade, Allan Kardec estabeleceu os princípios básicos da doutrina espírita. Uma curiosa mistura de conceitos religiosos com alguma terminologia científica do século XIX. Conheça alguns dos principais termos do Espiritismo:

Universo
Criação de Deus. Todos os seres racionais e irracionais, animados e inanimados fazem parte dele. Comporta vários mundos habitados com seres em diferentes graus de evolução.
Deus
É considerado uma forma de inteligência suprema. Eterno, imutável, imaterial, justo, bom e onipotente.
Cristo
Ao contrário do que pregam a maior parte das religiões cristãs, Jesus Cristo não é o filho de Deus, mas um espírito mais evoluído. E um modelo para toda a humanidade.
Espíritos
Seres inteligentes da criação. São criados ignorantes e evoluem ao longo de várias vidas até alcançarem a perfeição. Dividem-se em “espíritos puros” (perfeição máxima), “bons espíritos” (em que predomina o desejo do bem) e “espíritos imperfeitos” (caracterizados pelo desejo do Mal).
Homem
Espírito encarnado em um corpo material.
Reencarnação
O espírito atravessa várias existências como encarnado. Cada uma delas é um estágio evolutivo rumo à perfeição.
Desencarnar
A morte (desencarnação) é encarada como apenas mais um estágio da vida espiritual – considerada a verdadeira vida. Não é compreendida como uma cisão definitiva entre as pessoas que se amam, mas apenas uma separação temporária no mundo físico.
Livre-arbítrio
O homem tem várias escolhas na vida, mas responde por todas as suas ações.
Prece
A prece torna melhor o homem e é um ato de adoração a Deus.

Abençoado por Deus
Paradoxos do país tropical: a maior nação católica do mundo (cerca de 125 milhões de praticantes, segundo o censo do IBGE) ofereceu, desde os primórdios da colonização, um terreno fértil para a mistura de credos e favoreceu o surgimento de modalidades de fé genuinamente brasileiras. Religiões tão diversas quanto Candomblé, Catimbó, Pajelança, Tambor de Mina, Umbanda e a face nacional do Espiritismo formaram-se a partir de elementos comuns.
Uma das maiores explicações para o sincretismo brasileiro estaria no Catolicismo legado pelos portugueses. A fé católica que veio de além-mar é muito mais “íntima” e “pessoal” do que a de outros países cristãos da Europa. Em Portugal e, em seguida, no Brasil, a relação dos homens com Deus geralmente é filtrada pelo santo da predileção de cada um. Antes de recorrer a Deus, portugueses e brasileiros vão bater na porta do santo mais próximo. A profusão de anjos da guarda, de rezas particulares e de toda uma sorte de benzeduras favoreceu a mescla de elementos cristãos com outros originários dos rituais indígenas e africanos.
Outro elemento do Catolicismo popular que iria ser combinado com práticas religiosas nativas é a adoração aos mortos. Procissões populares e mesmo o hábito de “conversar” ao pé do túmulo de um ente querido favoreceram a penetração de credos em que o contato com o mundo dos mortos é um dos elementos básicos – como o Espiritismo.
Assim como, no campo racial, a mestiçagem serviu para anestesiar certos conflitos, a Igreja portuguesa soube incorporar – ou, no mínimo estrategicamente, não quis condenar – algumas manifestações religiosas inspiradas no Catolicismo que surgiram ao longo da história brasileira. Festas populares repletas de elementos de outros credos, divindades africanas que poderiam ser “permutadas” por equivalentes na fé cristã (Oxalá Jovem = Menino Jesus) e o saudável livre-trânsito, tipicamente nacional, entre mundos religiosos paralelos (milhões de brasileiros comparecem às quartas no terreiro e aos domingos na missa), forjaram a democracia religiosa nacional.
“O Catolicismo no Brasil sempre favoreceu a mistura”, diz a médica e pesquisadora Eneida D. Gaspar, autora do Guia de Religiões Populares do Brasil. Eneida afirma que foi graças a essa postura mais flexível da Igreja que religiões como Umbanda – uma mistura de elementos cristãos, espíritas e africanos – ganharam forma no início do século XX.
Mas nem tudo são flores na trajetória das religiões brasileiras. A maior parte delas foi condenada no início justamente porque apresentava forte influência africana. Terreiros de Candomblé eram sistematicamente fechados pela polícia ainda nos anos 50.
A forma encontrada para o fim da discriminação diz muito sobre a alma brasileira: quando brancos de classe média, com conhecimento do Espiritismo, ingressaram nos terreiros, a nuvem de preconceito rapidamente se dissipou.
A Umbanda é um caso exemplar dessas transformações da religiosidade brasileira. Mesclando os principais ensinamentos do Espiritismo com o ritualismo e a força teatral do Candomblé, a Umbanda fez com que o preconceito contra práticas africanas – no idioma da discriminação, todas as religiões negras são “macumba” – fosse diminuindo com o passar dos anos graças à freqüência de um público de maior poder aquisitivo.
Paradoxalmente, no momento em que a Igreja parou de discriminar outras crenças, incorporando elementos africanos e indígenas, as igrejas neopentecostais – ou evangélicas – desestimulam seus fiéis à prática do sincretismo. Associam-no à prática de satanismo.

Frases
O “passe” é um dos elementos mais fortes do Espiritismo. Durante a sessão, o médium transmitiria a outras pessoas forças consideradas benéficas para sua saúde física e espiritual
A leitura dos livros básicos do Espiritismo é uma das exigências da religião iniciada por Allan Kardec
Kardec chegou a estudar Medicina, mas logo perdeu o interesse pelo mundo concreto
Nos primórdios do Espiritismo, a Igreja Católica queimava os livros de Kardec nas praças
O mundo dos espíritos – a alma de pessoas que morreram – comunica-se com os vivos por meio do pensamento e de textos psicografados
Alguns espíritos considerados mais evoluídos transmitiriam ensinamentos e contariam histórias através da psicografia. Somente Chico Xavier, que teria incorporado Emmanuel, publicou mais de 400 livros
No Brasil, grande parte dos conflitos religiosos foram amenizados pelo sincretismo
Os espíritas acreditam que um copo d’água como este pode ser energizado durante as sessões

Para saber mais
Na livraria
Espiritismo, Eduardo Araia, Ática, São Paulo, 1996
Guia de Religiões Populares do Brasil, Eneida D. Gaspar, Pallas, Rio de Janeiro, 2002
O Que é Espiritismo, Allan Kardec, Instituto de Difusão Espirita, Araras, 1990
A Realidade Social das Religiões no Brasil, Antônio Flávio Pierucci e Reginaldo Prandi, Hucitec, São Paulo, 1996
A Magia, Antônio Flávio Pierucci, Publifolha, São Paulo, 2001
Na Internet
www.febrasil.org.br 
http://super.abril.com.br/religiao/espiritismo-religiao-essa-443320.shtml